Produtos Orgânicos

Enquanto discutimos se é correto comercializar alimentos geneticamente modificados, existe uma realidade na mesa do consumidor e uma unanimidade quanto aos benefícios à saúde: o alimento orgânico. Uma série de idéias e pensamentos fazem parte deste ramo da agroecologia, entre eles o crescimento natural do alimento sem agrotóxicos, o respeito à vida animal e vegetal e a limpeza da terra e das águas.

Inúmeros dados comprovam as vantagens do alimento orgânico. Relatório da Academia Americana de Ciências, de 1987, calculou em 1 milhão e 400 mil os novos casos de câncer provocados por pesticidas. A Agência de Proteção Ambiental Americana calcula que os pesticidas já poluam metade da água potável dos EUA. A riqueza mineral de frutas e hortaliças possui mais que o dobro de minerais que o artificial. Tudo isso comprova que há um custo ambiental e social na produção alimentícia, que, consequentemente, afeta a renda econômica.

A produção orgânica tem enorme potencial de crescimento no Brasil, pois representa, atualmente, menos de 1% da produção agrícola, ocupando cerca de 100 mil hectares. A União Européia possui 2,8 milhões de hectares cultivados, Estados Unidos com 900 mil e Argentina, 380 mil. A certificação é a garantia para o consumidor de um trabalho profissional. No Brasil, alguns dos certificadores mais importantes são a AAO e o IBD, que tem seus selos expostos nas embalagens dos alimentos. Grandes certificadoras internacionais estão instalando-se no Brasil em 2001, como a FVO e a Ecocert.

Pesquisas indicam que o consumidor de orgânico das redes de supermercado é fiel a esta linha. Em sua maioria do sexo feminino, entre 30 e 50 anos e com curso superior. Portanto, um público de classe média para cima.

Os supermercados aumentam o espaço nas prateleiras. A rede de supermercados Zona Sul, que atua no estado do Rio de Janeiro já trabalha com orgânicos desde 1994 e atualmente as hortaliças são, em sua maioria, agroecológicas com marcas como o Sítio do Moinho. De 1999 para 2000 o volume de orgânicos nas prateleiras do Pão de Açucar dobrou. A seção de orgânicos apresentou aumento de 30% nas vendas em comparação com o mesmo período de 1999. A Casa Santa Luzia, supermercado em São Paulo, capital, voltado para públicos de classe A/B, oferece um espaço somente para o produto orgânico, trabalhando com ampla variedade de produtos nacionais e importados. O açúcar Native já realizou degustação dentro da Casa e teve ótima receptividade do consumidor. O Native é produzido pela Usina São Francisco, em Sertãozinho, SP, e já investiu U$20 milhões para produzir e certificar. No Carrefour, a aceitação é tão boa que o grupo iniciou o cultivo de uvas orgânicas em uma fazenda de 140 hectares em Petrolina, PE.

Enquanto o alimento orgânico custava o dobro do convencional, hoje a média
está entre 30 e 50% mais caro. A demanda e o aumento no consumo interno levam a esta queda, que deve continuar nos próximos anos. A conscientização das pessoas quanto às vantagens da alimentação saudável é um passo fundamental para que as vendas ganhem cada vez mais força, visto que o consumidor está disposto a pagar mais pela sua saúde.

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