Relação com o Alimento

O bebê que suga o leite materno recebe também o calor, o carinho, o afeto e o cheiro de quem o alimenta. A relação com os alimentos é capaz de revelar formas de interação da pessoa consigo mesma e com o mundo. No entanto, algumas vezes um desequilíbrio hormonal pode ser o grande vilão para o ganho ou perda de peso excessivos.

A serotonina é uma substância presente naturalmente no cérebro. Age como um neurotransmissor, isto é, permite a comunicação entre as células nervosas do cerebro, chamadas neuronios. Esta comunicação é fundamental para a percepão do ambiente e para a capacidade de resposta aos seus estímulos.

A serotonina desempenha um importante papel no sistema nervoso, com diversas funções, como a liberação de alguns hormônios, a regulação do sono, da temperatura corporal, do apetite, do humor, da atividade motora e das funções cognitivas. A serotonina pode melhorar o humor, causando uma sensação de bem-estar e sua falta tem sido relacionada a doenças graves, como mal de Parkinson, distonia neuromuscular e tremores. Pode causar também depressão , ansiedade, comportamento compulsivo, agressividade, problemas afetivos e aumento do desejo de ingerir doces e carboidratos.

Quando você estiver ansioso ou deprimido, observe se recorre a

massas (pizza, lasanha, ravi?li etc.) ou doces. Se houver falta de autocontrole, e em consequência você estiver sempre desejando ingerir carboidratos e doces, pode ser uma indicação de um desequilibrio da taxa de serotonina no cerebro. O desejo por certos tipos de alimentos nem sempre está associado é busca de prazer e saciedade. Poderá evidenciar um desequilibrio quimico e exigir um tratamento.

Com taxas normais de serotonina, a pessoa atinge mais facilmente a saciedade e consegue maior controle sobre a ingestão de açúcares. Medicamentos que aumentam a taxa de serotonina são cada vez mais utilizados para emagrecer. A sibutramina e a fluoxetina, medicamentos antidepressivos, costumam proporcionar maior controle sobre o apetite, especialmente para doces. Alimentos ricos em proteinas, como carne bovina e de peru, peixe, leite e seus derivados, amendoim, tâmara, banana etc., contém triptofano, um nutriente que ajuda a combater os efeitos da falta de serotonina.

Pesquisas cientificas estão demonstrando a estreita relação entre o equilibrio de nutrientes e as complexas reações cerebrais. Ás vezes não basta uma mudança de hábitos alimentares e a pratica de exercicios fisicos para conseguir o emagrecimento, pois o desequilibrio hormonal pode dificultar esse objetivo.

A avaliação de um médico especialista poderá esclarecer a necessidade, ou não, de algum medicamento que equilibre o funcionamento quimico do cerebro. A fome e o prazer de comer podem induzir a erros de nutrição. Devemos nos alimentar conscientes de que podemos beneficiar ou prejudicar nossa saude e nosso estilo de vida. A quimica cerebral agradece e contribui quando nossa alimentação é equilibrada e sauduvel.

Flavia Leão Fernandes CRP 06/68043

Psicsloga clinica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade

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