Consumo de calcio é baixo em 9 a cada 10 mulheres

Quinze milhões de brasileiros com mais de 55 anos têm osteoporose. A doença, que provoca perda de massa óssea, é silenciosa, incurável e mais comum em mulheres na menopausa. Diabetes, idade, sedentarismo e cigarro são alguns dos motivos que fazem surgir a osteoporose.

Nove em cada dez mulheres no País consomem menos cálcio do que o recomendado. A ingestão média de 1.200 miligramas de cálcio por dia é um dos principais itens para prevenir a doença.

Mas o tipo de alimentação é determinante na absorção da substância, alerta a nutricionista Ana Paula Souza. Altas doses de cafeína, sal e açúcar fazem com que o cálcio ingerido seja eliminado pela urina.

A absorção do cálcio contido em um copo de leite com café ou achocolatado, por exemplo, não é tão eficaz como a de um copo de leite puro. Entre os vegetarianos, a absorção do cálcio é muito mais eficaz do que entre os que incluem carne vermelha nas refeições.

Douglas Marçal

Dona Ilda Siqueira Freitas luta contra a osteoporose: exercícios físicos na dose certa trazem bem-estar

A média diária de consumo de cálcio no Brasil está em 400 miligramas. O indicado para adultos e mulheres na menopausa é 1.200 miligramas, o equivalente a quatro porções de laticínios por dia – 1 fatia de queijo branco, 1 copo de leite, 1 iogurte e 1 colher de requeijão.

Ana Paula lembra que o leite não é a única fonte de cálcio. "O excesso de leite pode impedir a aborção do nutriente e tornar alcalino o pH do sangue. Para equilibrar o pH, o organismo busca nos ossos o cálcio que está faltando". O ideal, segundo ela, é beber um copo de leite e buscar nos outros alimentos o restante da porção de cálcio diário necessário.

Além do cálcio, outro nutriente que combate a osteoporose é a vitamina D, que é produzida pelo próprio organismo, com ajuda da luz solar. Expor-se ao sol, sem protetor, antes das 10 horas e depois das 16 horas, por 15 minutos já é suficiente.

O brasileiro só consome 2 miligramas de vitamina D ao dia, enquanto que o ideal é de 10 a 15 miligramas. Para quem já tem a osteoporose, só a alimentação não é suficiente para repor o cálcio

Até os 18 anos, as necessidades de cálcio são máximas porque crianças e adolescentes estão na fase de crescimento rápido. Na idade adulta, já não é preciso ingerir grandes quantidades de cálcio por dia. As deficiências de hormônios na menopausa pedem que a quantidade do nutriente seja maior.

Na menopausa, uma em cada três mulheres tem osteoporose. Foi depois dos 60 que a dona de casa Ilda Siqueira Freitas descobriu ter a doença. O exame mostrou que os ossos do quadril já não estão tão fortes. Apesar do aviso do médico, dona Ilda não faz tratamento para repor cálcio.

"Eu só tomo muito leite", diz. Com medo de fraturas, ela abandonou o tênis – usado para lavar o quintal. "Eu comprei um chinelo com solado de pneu e agora não tem perigo de cair".

No caso da osteoporose, especialmente, fazer exercício físico se torna tão importante quanto os remédios no tratamento. "A atividade física provoca tensão benéfica nos ossos e pode aumentar a calcificação", explica a professora de Educação Física Cintia Biasi. Dona Ilda reconhece o bem-estar que uma aula de ginástica proporciona: quatro vezes por semana ela se exercita com o grupo da terceira idade na Vila Operária.



Consumo
1.200 Miligramas de cálcio por dia é o recomendado. A média de consumo no Brasil está aquém, 400 miligramas.


Fonte: www.odiario.com

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